segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Socorro de Caicó, filha do Seridó, irmã espiritual...Help?!

Reflexões......
Caicó, Socorro do seridó

Olá Ângela, tudo de bom...bem, vou tentar esclarecer o caso Socorro,
Como morei em Caicó de jan/2000 a jan/2004, fizemos amizades com o pessoal da policia rodoviária federal, saíamos juntos e ela era esposa de um dos colegas.
Quando papai ia a Caicó, sempre tinha umas festinhas: churrascos, clube, Festa de Santana, eucaristia, alfabetização,comunhão(dos meninos), aniversários e da ultima vez, fizemos um churrasco em casa, convidamos (Francimar e Socorro), como ela gosta de conversar e papai tb, deram-se bem.
Papai dizia que ela era como se fosse uma filha...e como Socorro é uma pessoa "sonhadora", vislumbrada, diferente, apegou-se muito a papai, e sempre diz q sente sua falta... ainda fala nele e chora, é emotiva...é uma sonhadora, pensa diferente...Lineu a conheceu em São Luis...
Os fatos para uns são pura conicidências e destino para outros.
O que ficou na época foram boas conversas, risadas, cevejinhas, descontrações, conselhos, histórias de vidas contadas pelo mestre, dos costumes,de vidas ali vividas, de sonhos realizados, de amizades enraizadas no seridó, era um refúgio ou volta ao passado...era como se o tempo misturasse o passado e o presente, inerte, na mesma brisa quente inalterada, no calor das memorias se fundindo com força da natureza, do sertanejo paciente, dos simples sorrisos de ser amigo do Seu Isidro, pai de Nóbrega...era tudo de bom.
Sinto falta das nossas conversas com o velho mestre...
as vezes mergulho no passado recente e sei que fui sortudo...
que tudo ali vivido valeu a pena, pois as almas ali eram desnudas de qq pretensão...
apenas ser agraciado de receber de surpresa, o pai.
Abraços e bj a minha grande irmã .

Paz e benção.

2 comentários:

  1. Caso esclarecido, Socorro é a nossa irmã do seridó
    Valeu Joselino
    Bjão

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  2. Por que a chuva chega a molhar minha alma? Por que sou tão seca num dia ensolarado? Minhas raízes estão lá no sertão e tiram da terra seca a essência da vida. Minha alma lança-se em fuga, empreende vôos inimagináveis para ser cerca de pedra e mandacaru. E se a alma levita de olho arregalado de espanto e prazer, o corpo padece as malquerenças do verão quase que perpétuo e se fixa no solo fincando raízes. Há pelo ar prenúncio de que todos os sonhos vêm com os ventos de inverno. E a brisa mansa com cheiro de verde acalenta com uma canção de rio manso correndo. Quem nunca viu a seca de perto jamais vai me entender. Quem nunca viu um choro sem lágrimas não sabe a dor de sorrir numa boca com fome. O sertão é tão vasto que existe em todas as almas. Ávida, busco o sumo doce da flor de mandacaru. Agressiva, devoro todos os quereres com a fome do carcará. E se há de ser lenta a agonia da morte, que venha como chuva fina que dá de beber à terra seca, de uma secura quase que eterna, mas que abriga em seu seio o mistério da vida e da morte...

    Reencontro Caicó .O cheiro de verde entre as narinas. Tudo concorre para a alegria. A feira de rua, o burburinho da chuva de ontem que ainda respinga das algarobas, a conversa mole no café do mercado, a beleza dura das pedras dos serrotes .A cidadezinha tem seus encantos escondidos em pedra bruta. Nos olhos das pessoas. Nos sonhos das meninas adolescentes, como um dia eu fui. Reencontro-a comovida. Mora dentro de mim como um espinho de coroa-de-frade, belo e dolorido. Tem altos e baixos como a minha alma discreta. Respiro a terra em que nasci e encontro em mim todos os seus becos com todos os seus pecados mais indecentes. Encontro em mim a beleza da canção do sino tocando a hora do Ângelus. Um anjo abençoa toda a cidade e encantado torna-se homem para viver por lá. A cantiga da carroça de boi, a roupa de couro, o queijo quente, a tapioca, o tamborete e a rede na varanda fazem parte de mim. Como não existiria a poesia, se ela está presente desde sempre em mim?

    Ao mesmo tempo sinto-me feliz por ter tido o privilégio de ter lido os poemas originais de Sr. Isidro. Daí fica explicado porque a nossa relação era tão íntima ( herdei dele sua veia poética ) . Meu querido , A tarefa é árdua por demais. Eu não gostaria de lhe decepcionar, e às vezes eu mesma fico desiludida. Mas vou, continuo nessa busca que não sei onde vai parar. Aliás, espero que não pare nunca, então não restará muita coisa a fazer. Quando minha busca terminar, aí será o caos, a doideira total, e isso, meu caro, sei que não vou suportar

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