segunda-feira, 25 de maio de 2009

Maio, mês muito especial

Lucas, papai comemorando seus 80 anos, na foto, com os 13 filhos, um acontecimento...(cliquem para aumentar)
Uma pérola e uma rosa chamada Desirê, que com a ajuda de Cid Noronha produziu 3 pérolas, belíssimas, como ela. Dia 23 foi o seu aniversário.
Deyse participou de momentos importantes de minha vida, esse abraço em Gio mostra todo o carinho especial que ela tem pelos "meus meninos".
Deyse sempre chamou a atenção pela sua beleza, graciosidade e charme. Meiga, conquistou o mundo e um cara muito legal chamado Cid Noronha.
Deyse menina, irmã, tia, cunhada, te amamos muito. Você nos é muito especial.
Tenho a certeza absoluta que no dia 23 de maio, Cid, Marco, Júlia e Gabriela (colaboradoras importantes desse Blog) te deram muito carinho, amor e paz.
Que essa luz que emana de ti nos guie sempre, a todos.
Joyeux Aniversaire (da França e do Canadá), Happy Birthday (dos EUA e do Canadá), um Aniversário Arretado de bom (do teu nordeste brasileiro).

Voltei, correndo para o Blog para saber das novidades.
Viajei dia 10 e voltei dia 24 de maio. Em breve farei um relato de minha maratona, me aguardem....
Voltei, ansiosa para registrar a passagem de três aniversariantes, Lucas (3 de maio), Papai (12 de maio) e Desire (23 de maio)
Quero agradecer aos colaboradores que não deixaram essas datas passarem em branco.
Lucas, me desculpe pelo lapso, felizmente Lineu preencheu o espaço em branco, com toda a sabedoria que é sua marca regsitrada
Nas outras datas estava viajando sem telefone, sem net e sem internet, apenas viajando.
Beijos mil galera

4 comentários:

  1. Testamento de um mendigo



    Agora, no fim da vida
    Como mendigo que sou,
    Me sinto preocupado,
    Intrigado e num momento
    Me pergunto, embaraçado,
    Se faço ou não testamento.


    Não tendo, como não tenho
    E nunca tive ninguém,
    Pra quem é que eu vou deixar
    Tudo o que eu tenho: os meus bens?


    Pra quem é que vou deixar,
    Se fizer um testamento,
    Minhas calças remendadas,
    O meu céu, minhas estrelas,
    Que não me canso de vê-las
    Quando ao relento deitado
    Deixo o olhar perdido,
    Distante, no firmamento?



    Se eu fizer um testamento
    Pra quem é que vou deixar
    Minha camisa rasgada,
    As águas dos rios, dos lagos,
    Águas correntes, paradas,
    Onde às vezes tomo banho?



    Pra quem é que vou deixar,
    Se fizer um testamento,
    Vaga-lumes que em rebanhos
    Cercam meu corpo de noite,
    Quando o verão é chegado?



    Se eu fizer um testamento
    Pra quem vou deixar,
    Mendigo assim como sou,
    Todo o ouro que me dá
    O sol que vejo nascer
    Quando acordo na alvorada?
    O sol que seca meu corpo
    Que o orvalho da madrugada
    Com sua carícia molhou?


    Pra quem é que vou deixar,
    Se fizer um testamento,
    Os meus bandos de pardais,
    Que ao entardecer, nas árvores,
    Brincando de esconde-esconde,
    Procuram se divertir?
    Pra quem é que eu vou deixar
    Estas folhas de jornais
    Que uso para me cobrir?


    Se eu fizer um testamento
    Pra quem é que eu vou deixar
    Meu chapéu todo amassado
    Onde escuto o tilintar
    Das moedas que me dão,
    Os que têm a alma boa,
    Os que têm bom coração?



    E antes que a vida me largue,
    Pra quem é que eu vou deixar
    O grande estoque que tenho
    Das palavras "Deus lhe pague"?



    Pra quem é que eu vou deixar,
    Se fizer um testamento,
    Todas as folhas de outono
    Que trazidas pelo vento
    Vêm meus pés atapetar?


    Se eu fizer um testamento
    Pra quem é que vou deixar
    Minhas sandálias furadas,
    Que pisaram mil caminhos,
    Cheias dos pós das estradas,
    Estradas por onde andei
    Em andanças vagabundas?



    Pra quem é que eu vou deixar
    Minhas saudades profundas
    Dos sonhos que não sonhei?


    Pra quem eu vou deixar,
    Se fizer um testamento,
    Os bancos dos meus jardins,
    Onde durmo e onde acordo
    Entre rosas e jasmins?
    Pra quem é que vou deixar,
    Todos os raios de luar
    Que beijam minhas mãos
    Quando num canto de rua
    Eu as ergo em oração?


    Se eu fizer um testamento
    Pra quem é que vou deixar
    Meu cajado, meu farnel,
    e a marca deste beijo
    Que uma criança deixou
    Em meu rosto perguntando
    se eu era Papai Noel?


    Pra quem é que eu vou deixar,
    Se fizer um testamento,
    Este pedaço de trapo
    Que no lixo eu encontrei
    E que transformei em lenço
    Para enxugar minhas lágrimas
    quando fingi que chorei?



    Se eu fizer um testamento...
    Testamento não farei!
    Sem nenhum papel passado,
    Que papéis eu não ligo,
    Agora estou resolvido:
    O que tenho deixarei,
    Na situação em que estou,
    Pra qualquer outro mendigo,
    Rogando a Deus que o faça,
    Depois que eu tiver morrido,
    Ser tão feliz quanto eu sou.

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  2. Ângela, voce é de mais.
    Obrigada por cada uma das palavras escritas e fotos. Voce é muito sensível e delicada.
    Te amo.
    Desirê

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  3. Marisol,
    Você é uma fofa.
    Valeu pelo "Testamento do mendigo"

    Desirê

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